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TORNAR-SE NEGRO
Descubra o poder transformador nas páginas de ‘Tornar-se Negro’, uma jornada única e inspiradora que mergulha profundamente nas complexidades da identidade racial. Este livro envolvente e esclarecedor, escrito por Neusa Santos Souza , oferece uma perspectiva íntima e reflexiva sobre a experiência de tornar-se negro em um mundo onde as nuances da raça moldam nossas vidas de maneiras profundas.
Ao explorar sua própria jornada pessoal e compartilhar experiências marcantes, o autor apresenta uma narrativa rica em emoção, confrontando questões cruciais de identidade, pertencimento e resistência. ‘Tornar-se Negro’ não apenas desafia estereótipos arraigados, mas também ilumina a beleza e a resiliência encontradas na diversidade da experiência negra.
Este livro é uma chamada à reflexão, um convite para a compreensão e uma celebração da riqueza cultural que surge da herança africana. Seja você um leitor ávido em busca de uma narrativa envolvente ou alguém interessado em explorar perspectivas diversas, ‘Tornar-se Negro’ oferece uma leitura inesquecível e transformadora.
Ao virar cada página, você será levado a refletir sobre as próprias jornadas de autodescoberta e a apreciar a beleza única de cada história. Adquira ‘Tornar-se Negro’ hoje e embarque em uma viagem literária que promete desafiar, inspirar e tocar o seu coração
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Pele negra,máscaras brancas
Primeiro livro de Frantz Fanon, “Pele negra, máscaras brancas” é um dos textos mais influentes dos movimentos de luta antirracista desde sua publicação, em 1952. Logo de início, se apresenta como uma interpretação psicanalítica da questão negra, tendo como motivação explícita desalienar pessoas negras do complexo de inferioridade que a sociedade branca lhes incute desde a infância. Assim, descortina os mecanismos pelos quais a sociedade colonialista instaura, para além da disparidade econômica e social, a interiorização de uma inferioridade associada à cor da pele – o que o autor chama de “epidermização da inferioridade”.
Não se compreende a questão negra fora da relação negro-branco. Com erudição, Fanon articula conceitos da filosofia, psicanálise, psiquiatria e antropologia, e autores como Hegel, Sartre, Lacan, Freud e Aimé Cesaire (referência literária, intelectual e política que perpassa toda a obra), numa notável linguagem poética, que nos conduz a uma reflexão sobre sua relação com o tema. Um dos principais efeitos da leitura da obra – diz o professor e pesquisador Deivison Faustino no posfácio a esta edição – é fazer leitores e leitoras se descobrirem, seja em sua vulnerabilidade e desamparo, seja angustiados sob a consciência de seus pecados, ou ainda como demônios que impõem sofrimento e dominação a outros, mesmo que a princípio se vejam como anjos.
Em um momento de ampliação da luta antirracista e conscientização e incorporação de brancas e brancos a essa luta, este livro continua sendo transformador, em busca de uma sociedade realmente livre e igualitária. A edição da Ubu conta com prefácio de Grada Kilomba e posfácio do especialista em Fanon Deivison Faustino. Textos escritos especialmente para a edição da Ubu. O livro traz ainda textos do intelectual e ativista Francis Jeanson e do historiador Paul Gilroy. Tradução de Sebastião Nascimento, com colaboração de Raquel Camargo
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O pacto da branquitude
Neste livro poderoso, Cida Bento ― eleita em 2015 pela The Economist uma das cinquenta pessoas mais influentes do mundo no campo da diversidade ― denuncia e questiona a universalidade da branquitude e suas consequências nocivas para qualquer alteração substantiva na hierarquia das relações sociais.
Diante de dezenas de recusas em processos seletivos, Cida Bento identificou um padrão: por mais qualificada que fosse, ela nunca era a escolhida para as vagas. O mesmo ocorria com seus irmãos, que, como ela, também tinham ensino superior completo. Por outro lado, pessoas brancas com currículos equivalentes ― quando não inferiores ― eram contratadas.
Em suas pesquisas de mestrado e doutorado, a autora se dedicou a investigar esse modelo, que se repetia nas mais diversas esferas corporativas, e a desmistificar a falácia do discurso meritocrático. O que encontrou foi um acordo não verbalizado de autopreservação, que atende a interesses de determinados grupos e perpetua o poder de pessoas brancas. A esse fenômeno, Cida Bento deu o nome de “pacto narcísico da branquitude”.
Neste livro, a cofundadora do Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades (Ceert) reúne sua experiência para apresentar evidências desse acordo tácito e nos convidar a deslocar nosso olhar para aqueles que, a fim de se manter no centro, impelem todos os outros à margem.
Ao explorar sua própria jornada pessoal e compartilhar experiências marcantes, o autor apresenta uma narrativa rica em emoção, confrontando questões cruciais de identidade, pertencimento e resistência. ‘Tornar-se Negro’ não apenas desafia estereótipos arraigados, mas também ilumina a beleza e a resiliência encontradas na diversidade da experiência negra.
Este livro é uma chamada à reflexão, um convite para a compreensão e uma celebração da riqueza cultural que surge da herança africana. Seja você um leitor ávido em busca de uma narrativa envolvente ou alguém interessado em explorar perspectivas diversas, ‘Tornar-se Negro’ oferece uma leitura inesquecível e transformadora.
Ao virar cada página, você será levado a refletir sobre as próprias jornadas de autodescoberta e a apreciar a beleza única de cada história. Adquira ‘Tornar-se Negro’ hoje e embarque em uma viagem literária que promete desafiar, inspirar e tocar o seu coração
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Os condenados da Terra
A obra-prima do mais importante pensador da luta antirracista e anticolonial.
Os condenados da terra é o ponto culminante de uma obra radical e incontornável abreviada pela morte precoce do psiquiatra martinicano Frantz Fanon, um dos pensadores mais revolucionários do século XX.
Ao analisar a situação colonial, Fanon tensiona política, sociedade e indivíduo, demonstrando de forma clara as estratégias e efeitos do poder dominante ― o resultado da opressão é raiva, dor e loucura. Com isso, o autor desmonta a lógica colonial europeia ― branca, brutal e racista ―, e propõe uma “descolonização do ser”, afirmando: “É preciso mudar completamente, desenvolver um pensamento novo, tentar criar um homem novo.” Só assim é possível criar um mundo realmente humano, onde a massa deserdada de homens e mulheres dos países colonizados e pobres ― os condenados da terra ― sejam os inventores de sua própria vida.
Publicado em 1961, ano da morte de Fanon, que o escreveu doente e sabendo que o tempo era escasso, o livro é considerado um clássico absoluto, suma de seu pensamento e um tratado magistral sobre as relações entre colonialismo, racismo e insubmissão.
Esta edição traz apresentação de Thula Pires, Wanderson Flor do Nascimento e Marcos Queiroz, além do prefácio de Jean-Paul Sartre à edição original de 1961 e texto de Cornel West.
Não se compreende a questão negra fora da relação negro-branco. Com erudição, Fanon articula conceitos da filosofia, psicanálise, psiquiatria e antropologia, e autores como Hegel, Sartre, Lacan, Freud e Aimé Cesaire (referência literária, intelectual e política que perpassa toda a obra), numa notável linguagem poética, que nos conduz a uma reflexão sobre sua relação com o tema. Um dos principais efeitos da leitura da obra – diz o professor e pesquisador Deivison Faustino no posfácio a esta edição – é fazer leitores e leitoras se descobrirem, seja em sua vulnerabilidade e desamparo, seja angustiados sob a consciência de seus pecados, ou ainda como demônios que impõem sofrimento e dominação a outros, mesmo que a princípio se vejam como anjos.
Em um momento de ampliação da luta antirracista e conscientização e incorporação de brancas e brancos a essa luta, este livro continua sendo transformador, em busca de uma sociedade realmente livre e igualitária. A edição da Ubu conta com prefácio de Grada Kilomba e posfácio do especialista em Fanon Deivison Faustino. Textos escritos especialmente para a edição da Ubu. O livro traz ainda textos do intelectual e ativista Francis Jeanson e do historiador Paul Gilroy. Tradução de Sebastião Nascimento, com colaboração de Raquel Camargo
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Filosofias Africanas
Filosofias africanas é uma viagem ao pensamento africano pelos ganhadores do Prêmio Jabuti – Livro do ano.
Num sentido amplo, o termo “filosofia” designa a busca do conhecimento iniciado quando os seres humanos começaram a tentar compreender o mundo por meio da razão. O termo pode também definir o conjunto de concepções, práticas ou teóricas, acerca da existência, dos seres, do ser humano e do papel de cada um no Universo. Na prática acadêmica, é usado para designar o “conjunto de concepções metafísicas (gerais e abstratas) sobre o mundo”.
A grande crítica que se faz às tentativas de caracterizar o pensamento tradicional africano como filosofia é a de que, na África, os nativos, defrontados com a grande incógnita que é o Universo, seriam incapazes de ir além do temor e da reverência, próprios das mentes ditas “primitivas”.
A partir daí, o chamado “racismo científico”, um dos pilares do colonialismo no século XIX – desqualificando as fontes do saber africano conhecidas desde a Antiguidade –, negou a possibilidade de os africanos produzirem filosofia. Então, o reconhecimento como filósofos, no sentido estrito do termo, de pensadores nascidos na África e de uma linha filosófica deles originada só ocorreu a partir do século XX.
Filosofias africanas: Uma introdução trata tanto dos saberes ancestrais africanos, sua essência preservada nos provérbios, na diversidade multicultural e nos ensinamentos passados durante gerações por meio da oralidade, quanto da contribuição de filósofos africanos e afrodescendentes contemporâneos na atualização desses saberes, muitos dos quais pautados no decolonialismo.
Nei Lopes e Luiz Antonio Simas, de maneira didática, mais uma vez escreveram uma obra que evidencia a complexidade, sofisticação e profundidade do pensamento africano e das perspectivas de mundo que sua filosofia provoca.
Diante de dezenas de recusas em processos seletivos, Cida Bento identificou um padrão: por mais qualificada que fosse, ela nunca era a escolhida para as vagas. O mesmo ocorria com seus irmãos, que, como ela, também tinham ensino superior completo. Por outro lado, pessoas brancas com currículos equivalentes ― quando não inferiores ― eram contratadas.
Em suas pesquisas de mestrado e doutorado, a autora se dedicou a investigar esse modelo, que se repetia nas mais diversas esferas corporativas, e a desmistificar a falácia do discurso meritocrático. O que encontrou foi um acordo não verbalizado de autopreservação, que atende a interesses de determinados grupos e perpetua o poder de pessoas brancas. A esse fenômeno, Cida Bento deu o nome de “pacto narcísico da branquitude”.
Neste livro, a cofundadora do Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades (Ceert) reúne sua experiência para apresentar evidências desse acordo tácito e nos convidar a deslocar nosso olhar para aqueles que, a fim de se manter no centro, impelem todos os outros à margem.
Ao explorar sua própria jornada pessoal e compartilhar experiências marcantes, o autor apresenta uma narrativa rica em emoção, confrontando questões cruciais de identidade, pertencimento e resistência. ‘Tornar-se Negro’ não apenas desafia estereótipos arraigados, mas também ilumina a beleza e a resiliência encontradas na diversidade da experiência negra.
Este livro é uma chamada à reflexão, um convite para a compreensão e uma celebração da riqueza cultural que surge da herança africana. Seja você um leitor ávido em busca de uma narrativa envolvente ou alguém interessado em explorar perspectivas diversas, ‘Tornar-se Negro’ oferece uma leitura inesquecível e transformadora.
Ao virar cada página, você será levado a refletir sobre as próprias jornadas de autodescoberta e a apreciar a beleza única de cada história. Adquira ‘Tornar-se Negro’ hoje e embarque em uma viagem literária que promete desafiar, inspirar e tocar o seu coração
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Mitologia dos Orixás
Mitologia dos orixás, do sociólogo Reginaldo Prandi, é a mais completa coleção de mitos da religião dos orixás já reunida em todo o mundo. São 301 relatos mitológicos, histórias que contam, por meio de imagens concretas e não de idéias abstratas, como são, o que fazem, o que querem e o que prometem os deuses desse riquíssimo panteão africano que sobreviveu e prosperou em países da América – em particular no Brasil e em Cuba – e que nos últimos anos tem sido exportado para a Europa. Na sociedade tradicional dos iorubás, é pelo mito que se alcança o passado, se interpreta o presente e se prediz o futuro. Cada mito, portanto, é uma surpresa sempre renovada, um segredo revelado que jamais se deixa desvendar completamente. Ao narrar episódios em que se envolveram deuses como Exu, Ogum, Iemanjá e Iansã, Mitologia dos orixás chama a nossa atenção para sentidos vitais profundos e nos aproxima do vasto patrimônio cultural dos negros iorubás ou nagôs. O livro é ricamente ilustrado, com fotos coloridas de todos os orixás que se manifestam em cerimônias do candomblé no Brasil e ilustrações do artista plástico Pedro Rafael.
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Crítica da razão negra
De todos os humanos, o negro é o único cuja carne foi convertida em mercadoria. Aliás, negro e raça têm sido sinônimos no imaginário das sociedades europeias. Desde o século XVIII, constituíram ambos o subsolo inconfesso e muitas vezes negado a partir do qual se difundiu o projeto moderno de conhecimento – e também de governo. Será possível que a relegação da Europa à categoria de mera província do mundo acarretará a extinção do racismo, com a dissolução de um de seus mais cruciais significantes, o negro? Ou, pelo contrário, uma vez desmantelada essa figura histórica, todos nós nos tornaremos os negros do novo racismo fabricado em escala global pelas políticas neoliberais e securitárias, pelas novas guerras de ocupação e predação e pelas práticas de zoneamento? Neste ensaio ao mesmo tempo erudito e iconoclasta, Achille Mbembe empreende uma reflexão crítica indispensável para responder à principal questão sobre o mundo contemporâneo: como pensar a diferença e a vida, o semelhante e o dessemelhante?
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Pedagogia das Encruzilhadas
É chegado o momento de lançarmos em cruzo as sabedorias ancestrais que ao longo de séculos foram produzidas como descredibilidade, desvio e esquecimento. Porém, antes, cabe ressaltar que essas sabedorias de fresta, encarnadas e enunciadas pelos corpos transgressores e resilientes, sempre estiveram a favor daqueles que as souberam reivindicar. Assim, me inspiro nas lições passadas por aqueles que foram aprisionados nas margens da história para aqui firmar como verso de encante a defesa de que a condição do Ser é primordial à manifestação do Saber. Os conhecimentos vagueiam mundo para baixar nos corpos e avivar os seres. Os conhecimentos são como orixás, forças cósmicas que montam nos suportes corporais, que são feitos cavalos de santo; os saberes, uma vez incorporados, narram o mundo através da poesia, reinventando a vida enquanto possibilidade. Assim, ato meu ponto: a problemática do saber é imanente à vida, às existências em sua diversidade. A vida é o que importa e é por isso que reivindico nos caminhos aqui cruzados outro senso ético. A raça é a invenção que precede a noção de humanidade no curso da empreitada ocidental, o estatuto de humanidade empregado ao longo do processo civilizatório colonial europeu no mundo é fundamentado na destruição dos seres não brancos. Sigamos em frente sem recuar nenhum instante. A perspectiva agora não é mais a saída do mato a que fomos lançados para nos revelar como seres em vias de civilidade. Não assumiremos o repertório dos senhores colonizadores para sermos aceitos de forma subordinada em seus mundos; o desafio agora é cruzá-los, “imacumbá-los”, avivar o mundo com o axé (força vital) de nossas presenças
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Discurso sobre o colonialismo
Racismo, fascismo, colonialismo e Aimé Césaire, o criador da palavra negritude Este livro é uma declaração de guerra. Guerra ao racismo, ao colonialismo e à pomposa hipocrisia de intelectuais e políticos a serviço do capitalismo. Escrito por um pensador político que foi ao mesmo tempo um dos maiores poetas da língua francesa no século XX, Discurso Sobre Colonialismo é um monumento de elegância, ironia e fúria em forma de texto. Lançado originalmente em 1950, na França, a influência deste pequeno livro é imensa. Tornou-se a bíblia de todos os militantes anticolonialistas em luta contra a dominação europeia, inspirou os líderes do movimento pan-africano e também os Panteras Negras, é citado (várias e várias vezes) por Frantz Fanon e citado também por Raoul Vaneigem, em seu A Arte de Viver para as Novas Geração, o best seller situacionista do Maio de 68 francês. Talvez até mais atual hoje do que quando foi lançado, este livro demonstra que o fascismo é filho do colonialismo. Que o racismo é ferramenta fundamental da exploração capitalista. Que Hitler vive em cada burguês. No Brasil de hoje, ajuda a entender que a mais recente emersão do fascismo, com toda sua brutalidade, ignorância e racismo, é menos uma reação a avanços nas questões sociais, que resultado da brutalidade, ignorância e racismo serem as armas básicas do capitalismo em sua luta de sempre para preservar a infame desigualdade social brasileira. Uma obra fundamental, urgente para nossos tempos, numa edição ilustrada por Marcelo D’Salete e traduzida por Claudio Willer. Com notas explicativas e uma cronologia da vida, obra e combates de Aimé Césaire.
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Pequeno Manual antiracista
Onze lições breves para entender as origens do racismo e como combatê-lo.
Neste pequeno manual, a filósofa e ativista Djamila Ribeiro trata de temas como atualidade do racismo, negritude, branquitude, violência racial, cultura, desejos e afetos. Em onze capítulos curtos e contundentes, a autora apresenta caminhos de reflexão para aqueles que queiram aprofundar sua percepção sobre discriminações racistas estruturais e assumir a responsabilidade pela transformação do estado das coisas. Já há muitos anos se solidifica a percepção de que o racismo está arraigado em nossa sociedade, criando desigualdades e abismos sociais: trata-se de um sistema de opressão que nega direitos, e não um simples ato de vontade de um sujeito. Reconhecer as raízes e o impacto do racismo pode ser paralisante. Afinal, como enfrentar um monstro desse tamanho? Djamila Ribeiro argumenta que a prática antirracista é urgente e se dá nas atitudes mais cotidianas. E mais ainda: é uma luta de todas e todos.
* Prêmio Jabuti 2020 na categoria Ciências humanas. *
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Fogo no Mato. A Ciência Encantada das Macumbas
Nesse conjunto de ensaios, Luiz Antonio Simas e Luiz Rufino propõem uma interpretação do Brasil a partir do conhecimento acumulado na macumba e em outros saberes populares. Para os autores: “No Brasil terreiro, os tambores são autoridades, têm bocas, falam e comem. A rua e o mercado são caminhos formativos onde se tecem aprendizagens nas múltiplas formas de trocas. A mata é morada, por lá vivem ancestrais encarnados em mangueiras, cipós e gameleiras. Nos olhos d’água repousam jovens moças, nas conchas e grãos de areia vadeiam meninos levados. Nas campinas e nos sertões correm homens valentes que tangem boiadas. As curas se dão por baforadas de fumaça pitadas nos cachimbos, por benzeduras com raminhos de arruda e rezas grifadas na semântica dos rosários. As encruzilhadas e suas esquinas são campos de possibilidade, lá a gargalhada debocha e reinventa a vida, o passo enviesado é a astúcia do corpo que dribla a vigilância do pecado. O sacrifício ritualiza o alimento, morre-se para se renascer. O solo do terreiro Brasil é assentamento, é o lugar onde está plantado o axé, chão que reverbera vida”.
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Descolonizando afetos: Experimentações sobre outras formas de amar
EM UM TEMPO NO QUAL AS VELHAS RESPOSTAS JÁ NÃO ATENDEM ÀS QUESTÕES QUE NOS AFLIGEM, UM LIVRO SOBRE ACOLHER NOSSAS LIBERDADES E SINGULARIDADES
Atravessada pela poética de seu povo, a ativista indígena Guarani, psicóloga e escritora Geni Núñez promove em Descolonizando afetos um exercício de repensar a exclusividade nos relacionamentos afetivos, partilhando reflexões anticoloniais sobre o tema, tanto do ponto de vista histórico e macropolítico quanto em relação às nuances cotidianas e interpessoais. A partir de uma perspectiva original e com uma linguagem única, a autora desconstrói alguns dos equívocos mais comuns a respeito da não monogamia e desenvolve reflexões que podem servir de acolhimento a pessoas que desejam vivenciar outras formas de amar.